Faculdade de Ciências e Tecnologia - UNL; Licenciatura em Engenharia Geológica; Estratigrafia e Paleontologia
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Datação Radiométrica (Radiocronologia)
A Datação Radiométrica é um método físico pertencente aos métodos de idades absolutas da Estratigrafia. É o método mais preciso na datação das rochas ígneas. Este método fundamenta-se no decaimento de isótopos radioactivos que, para cada elemento tem uma velocidade constante, é irreversível e realiza-se sempre no sentido da criação de isótopos-filho. Ao tempo necessário para um elemento radioactivo reduza a sua abundância para metade, dá-se o nome de tempo de meia-vida. Os métodos mais utilizados são: K-Ar, Rb-Sr, U-Th. Apesar ser um método muito bom, tem algumas limitações, a principal é que só pode ser aplicado a rochas ígneas, as outras é que poderão ter ocorrido modificações nas composições isotópicas originais, devido a processos de alteração ou metamorfismo, e o material complexo e extremamente caro que é necessário para este método.
Assunto: Estudo geocronológico K/Ar nos diques máficos no cratão de São Francisco.
Metodologia: Foram feitas várias datações, com o método K/Ar, em minerais (anfíbolas e plagioclases) e em rochas provenientes dos diques em estudo e, foram interpretadas usando diagramas e histogramas de K/Ar.
Dificuldades: A informação radiométrica disponível revela, no mínimo, 5 épocas onde se possam enquadrar a formação dos diques. As anfíbolas usadas poderão ser o problema, devido a terem sofrido processos de rejuvenescimento de árgon que ocorreram devido a tectónicas do meio ao final do Proterozóico.
Conclusões: Os resultados radiométricos de K/Ar podem ser relacionados com processos de rifting que ocorreram na massa continental, durante o Proterozóico.
Referências:
Vera Torres, Juan (1994), "El tiempo en Geología", in Juan Vera Torres (org.), Estratigrafia - Princípios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda, 72-77
TEIXEIRA, W. - Mafic dykes in the southern part of the São Francisco craton: a tectonic review based on K/Ar geochronology. Bol. IG-USP, Sér. Cient. [online]. 1989, vol.20. [Consult. 04 Jan. 2012], p.25-30. Disponível em http://ppegeo-local.igc.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-62831989000100006&lng=pt&nrm=iso ISSN 0102-6283.
ESTRATIGRAFIA E PALEONTOLOGIA - RADIOCRONOLOGIA. João Pedro Ferreira, Janeiro de 2011. [Consult. 30 Dez. 2011] Disponível em http://estpaljoaoferreira.blogspot.com/2011/01/radiocronologia.html
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Estratótipo de Cabo Mondego
Pode-se
definir um estratótipo como uma sucessão de camadas líticas com
limites bem definidos que, são usados como referência, na
caracterização de unidades estratigráficas (como andares, limites
estratigráficos, etc...). Quando uma destas sucessões de camadas é
aprovada pela ICS (Comissão Internacional de Estratigrafia), o
estratótipo passa a denominar-se GSSP. Portugal possui dois GSSP's,
um no Cabo Mondego e outro em Peniche, ambos marcam o período do
Jurássico (199.6-145.5 Ma).
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| Tabela GSSP's |
O
estratótipo de Cabo Mondego, marca a base do andar do Bajociano
(Jurássico médio – 175.6-161.2 Ma) e, foi aprovado pela IUGC
(União Internacional das Ciências Geológicas) no encontro do
Comité Executivo em Janeiro de 1996. A grande razão, pela qual, a
secção da Murtinheira ganhou a Bearreraig Bay (Escócia), foi pela
grande diversidade de amonites existentes – espécies do norte da
Europa e Mediterrâneo.
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| Cabo Mondego |
Cabo
Mondego, localiza-se na Costa Atlântica Portuguesa a 40Km oeste de
Coimbra e a 7Km norte da Figueira da Foz. Obedece a pontos de um bom
GSSP: tem uma enorme exposição, não possui variações
significantes nos fácies nem complicações estruturais. As camadas
são monoclinais e têm atitude de 30ºS e, consistem em sedimentos
marinhos, que datam desde o Torciano superior (183.0 – 175.6 Ma)
até ao Caloviano médio (164.7 – 161.2 Ma), com espessura que
excede os 400m. À secção Aaleniano-Bajociano (definida em 77,8m a
partir da base da secção na base Bed AB 11), corresponde uma
alternância entre calcários e margas, por vezes muito
fossilíferos, com bioturbação, fragmentos de carvão, pirite
disseminada e nódulos raros de celestite; os estratos têm
espessuras de 0,15 a 0,25 (finos) e, as suas superfícies são
regulares.
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| Amonite - Cabo Mondego |
Como
dito anteriormente, a presença de amonites foi um grande factor para
a determinação deste estratótipo, mas,
mais determinante ainda foi terem sido correlacionadas, com o limite
Aaleniano-Bajociano,
as primeiras ocorrências de espécies como Hyperlioceras
mundum, Hyperlioceras furcatum, Braunsina aspera,
and Braunsina
elegantula. Também,
com este limite, coincide a inversão da polaridade inversa para a
normal que, pode ser correlacionada com a escala de tempo da
polaridade magnética correspondente ao Jurássico.
Referências:
Vera
Torres, Juan (1994), “Nomenclatura estratigráfica”, in
Juan Vera Torres (org.), Estratigrafia – Princípios y Métodos.
Madrid: Editorial Rueda, 576-578
Pavia,
G. e Enay, R. (1997) “ Definition of the Aalenian-Bajocian Stage
boundary”. Episodes, Vol.20, no.1, pág.16-22. [Consult. 29 Dez.
2011] Disponível em
https://engineering.purdue.edu/Stratigraphy/references/Bajocian.pdf
GEISTÓRIA
– ESTRATÓTIPOS.
João Brissos, Outubro de 2008. [Consult. 29 Dez. 2011] Disponível
em http://geostoriaestpal.blogspot.com/2008/10/estrattipos.html
INTERNATIONAL
COMMISSION ON STRATIGRAPHY – GSSPS. ICS, [Consult. 29 Dez. 2011]
Disponível em http://www.stratigraphy.org/column.php?id=GSSPs
INTERNATIONAL
COMMISSION ON STRATIGRAPHY – INTERNATIONAL STATIGRAPHIC GUIDE.
Amos Salvador. [Consult. 29 Dez. 2011] Disponível em
http://www.stratigraphy.org/upload/bak/strats.htm
SUBCOMISSION
FOR STRATIGRAPHIC INFORMATION – GSSP FOR BAJOCIAN STAGE. Dr.
Gabi Ogg, Dezembro de 2011. [Consult. 29 Dez. 2011] Disponível em
https://engineering.purdue.edu/Stratigraphy/gssp/detail.php?periodid=59&top_parentid=0
WIKIPEDIA
– BAJOCIAN. Desconhecido, Março de 2011. [Consult. 29 Dez.
2011] Disponível em http://en.wikipedia.org/wiki/Bajocian
WIKIPEDIA
– GLOBAL BOUNDARY STRATOTYPE SECTION AND POINT.
Desconhecido, Dezembro de 2011. [Consult. 29 Dez. 2011] Disponível
em
http://en.wikipedia.org/wiki/Global_Boundary_Stratotype_Section_and_Point
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Abraham Gottlob Werner
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| Werner |
Nome:
Abraham Gottlob Werner
Data
de nascimento: 25 de Setembro de 1749 em Wehrau
Data
de falecimento: 30 de Junho de 1817 em Dresden
Nacionalidade:
Alemã
Profissão:
Geólogo
Nascido
no seio de uma família ligada à indústria mineira Werner,
direccionou os seus estudos para lei e minas que, após concluídos,
fizeram-no ser recomendado para os cargos de Inspector e Professor
de Minas e Mineralogia na prestigiada Academia de Minas de Freiberg.
Embora
seja muito mais conhecido no âmbito da Mineralogia, sendo até
apelidado de “O Pai da Mineralogia Moderna”, Werner deu também,
contributos importantes para a Estratigrafia, entre os quais se
destaca a Teoria do Neptunismo.
A
Teoria do Neptunismo pretendia explicar a formação das rochas,
estrutura e evolução geológica da Terra através da deposição de
minerais nas águas de um oceano primordial, ou seja, as rochas e
estruturas tinham origem marinha. Assim, Werner estabeleceu, do mais
antigo para o mais recente, cinco unidades estratigráficas baseadas na composição da crusta terrestre:
- Urgebirge - unidade primitiva, constituída por precipitados marinhos;
- Übergangsgebirge - unidade de transição, constituída por material depositado logo a seguir à regressão do nível do mar;
- Flötzgebirge - unidade constituída por terrenos estratificados;
- Aufgeschwemmte Gebirge - unidade constituída por depósitos aluviais não consolidados, originados da desegragação de rochas mais antigas;
- Vulkanische Gesteine – unidade constituída por lavas e tufos vulcânicos recentes (só material expelido pelos vulcões).
A
teoria foi muito aclamada no início do século XIX, devido à sua
ligação com o episódio bíblico do Dilúvio - de notar que, nesta
altura, a Teoria do Catastrofismo estava em voga. Porém, um dos
grandes críticos desta teoria, o geólogo Scipione Breislak (1748 –
1826), desacreditava o Neptunismo, perguntando pela água que
tinha desaparecido na grande regressão marinha. Ao fim de alguns anos
surgiu a Teoria do Uniformitarismo, que deitou o Catastrofismo e o
Neptunismo por água abaixo.
Referências:
Vera
Torres, Juan (1994), “Concepto e historia de la Estratigrafia”,
in Juan Vera Torres (org.), Estratigrafia – Princípios y
Métodos. Madrid: Editorial Rueda, 1-15
SOPAS
DE PEDRA – O QUE ELES FIZERAM PELAS CIÊNCIAS DA TERRA. A.
M. Galopim de Carvalho, Outubro de 2011. [Consult. 15 Nov. 2011]
Disponível em
http://sopasdepedra.blogspot.com/2011/10/o-que-eles-fizeram-pelas-ciencias-da_20.html
WIKIPEDIA
– ABRAHAM GOTTLOB WERNER. Desconhecido, Julho de 2011.
[Consult. 15 Nov. 2011] Disponível em
http://en.wikipedia.org/wiki/Abraham_Gottlob_Werner
WIKIPEDIA
– CATASTROFISMO. Desconhecido, Setembro de 2011. [Consult.
15 Nov. 2011] Disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catastrofismo
WIKIPEDIA
– NEPTUNISMO. Desconhecido, Agosto de 2011. [Consult. 15
Nov. 2011] Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Neptunismo
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Estratigrafia
Estratigrafia vem da palavra latina stratum e da palavra grega graphia, que quer dizer, "a ciência que estuda a descrição das rochas estratificadas".
Esta ciência encontra-se dividida nos seguintes ramos:
Referências:
Vera Torres, Juan (1994), "Concepto e historia de la Estratigrafia", in Juan Vera Torres (org.), Estratigrafia - Princípios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda, 1-15.
WIKIPEDIA - ESTRATIGRAFIA. Desconhecido, Novembro de 2011. [Consult. 28 Dez. 2011] Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratigrafia.
Esta ciência encontra-se dividida nos seguintes ramos:
- Litostratigrafia;
- Biostratigrafia;
- Cronostratigrafia;
- Alostratigrafia;
- Quimiostratigrafia;
- Magnetostratigrafia;
- Estratigrafia de sequências.
Referências:
Vera Torres, Juan (1994), "Concepto e historia de la Estratigrafia", in Juan Vera Torres (org.), Estratigrafia - Princípios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda, 1-15.
WIKIPEDIA - ESTRATIGRAFIA. Desconhecido, Novembro de 2011. [Consult. 28 Dez. 2011] Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Estratigrafia.
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